Bispos felicitam Trump por cortar financiamento a abortos fora dos EUA

WASHINGTON DC, 25 Jan. 17 / 05:00 pm (ACI).- O Cardeal Timothy Dolan, presidente do Comitê para Atividades Pró-vida da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês), felicitou o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por assinar uma ordem executiva que proíbe o financiamento, com recursos públicos, das organizações não governamentais que realizam ou promovem abortos como prática de controle de natalidade fora do país.

Na manhã do dia 23 de janeiro, Trump reinstaurou a “política da Cidade do México”, a qual proíbe que os recursos dos impostos dos norte-americanos financiem abortos no exterior. Esta norma, que leva o nome da cidade na qual foi anunciada, foi originalmente instituída em 1984 pelo então presidente Ronald Reagan.

Revogada por Bill Clinton durante o seu governo, reinstaurada por George W. Bush e novamente eliminada por Barack Obama, a “política da Cidade do México” é considerada um guia de qual será a postura do novo governo em relação ao tema do aborto.

Em um comunicado publicado no site da USCCB, em 23 de janeiro, o Cardeal Dolan assinalou: “Aplaudimos a ação de hoje do presidente Trump de restaurar a ‘política da Cidade do México’, a qual evita que o dinheiro dos contribuintes seja dirigido às organizações não governamentais que promovem ou praticam abortos no exterior (frequentemente violando as próprias leis do país anfitrião)”.

“Este é um passo positivo para restaurar e realizar importantes políticas que respeitam o direito humano mais fundamental – o direito à vida –, assim como o consenso antigo, bipartidário, contra obrigar os americanos a participar do ato violento do aborto”, assinalou.

Uma pesquisa publicada em 23 de janeiro deste ano por Marist Poll revela que 83% de americanos apoiam normas como a “política da Cidade do México”. Isto inclui 73% de pessoas que se identificam como “pro-choice” (pró-aborto).


Fonte: Alateia

EUA: Aprovada lei que impede financiamento de abortos com dinheiro de impostos

Capitólio em Washington D.C., sede da Câmara de Representantes e o Senado dos Estados Unidos. Foto: Flickr Sam Bowman (CC BY-NC 2.0).

WASHINGTON DC, 25 Jan. 17 / 06:00 pm (ACI).- A Câmara de Representantes (deputados) dos Estados Unidos aprovou ontem, por 238 votos contra 183, o projeto de lei HR-7, conhecido como “Lei de não financiamento do contribuinte ao aborto”, a qual proíbe permanentemente que o dinheiro dos impostos dos norte-americanos seja destinado à prática de abortos.

Segundo uma pesquisa de Marist Poll publicada em 23 de janeiro, 6 de cada 10 norte-americanos são contra financiar abortos com dinheiro de impostos.

O novo projeto de lei, se finalmente for aprovado pelo Senado e assinado pelo presidente Donald Trump, também evitaria que os abortos sejam cobertos sob a Lei de Proteção do Paciente e Cuidado de Saúde Acessível, conhecido como “Obamacare”, a reforma de saúde promulgada pelo ex-presidente Barack Obama em 2010.

Em um comunicado publicado ontem, Paul Ryan, presidente da Câmara de Representantes, sublinhou que “somos um Congresso pró-vida” e assinalou que o projeto de lei aprovado “protege a consciência dos contribuintes americanos, assegurando que nem sequer um dólar do seu dinheiro irá financiar abortos”.

Enquanto “centenas de milhares de americanos se dirigem a Washington para a Marcha pela Vida” no dia 27 de janeiro, disse, “nunca devemos esquecer que defender todo o nosso povo – especialmente os indefesos – deve ser a nossa prioridade se quisermos uma nação boa e moral”.

Por sua parte, a congressista Diane Black, principal impulsionadora do projeto de lei, recordou durante o debate na Câmara de Representantes que, “como mãe, avó e enfermeira durante mais de 40 anos, esta medida é especialmente significativa para mim”.

“Durante os anos que trabalhei na área da saúde, vi a alegria nos olhos de jovens pais quando viam seu bebê recém-nascido pela primeira vez. Segurei nas mãos de esposos e crianças que sofriam ao dizer o último adeus a um ente querido. E, tristemente, vi uma jovem mulher perder sua vida devido aos efeitos de um aborto fracassado”.

“Estas experiências formaram a minha opinião de que toda vida é um precioso dom de Deus”.

Depois do resultado da votação, a congressista Black assegurou em sua conta de Twitter: “Hoje a Câmara ficou do lado da vida”.

Tony Perkins, presidente do Family Research Council (Conselho de Investigação da Família), elogiou a votação em um comunicado e sublinhou que, “depois de uma eleição na qual os votantes escolheram um presidente pró-vida e um Congresso pró-vida, nossa nação está avançando por uma nova era, na qual todos os seres humanos, nascidos e não nascidos, são protegidos pela lei”.

“O aborto não é cuidado da saúde e não deve ser financiado, pois sabemos que o financiamento do governo incrementa o aborto. Aprovar este projeto de lei é uma vitória tanto para os contribuintes, como para as mulheres e seus filhos não nascidos”.

Perkins incentivou o Senado a aprovar este projeto de lei “para assegurar que o governo já não gaste mais dinheiro, dinheiro que o povo ganha duramente, em seguros com abortos eletivos”.

“Devemos rezar e trabalhar para acabar com o aborto nos Estados Unidos até que toda criança seja bem-vinda ao mundo e protegida com as nossas leis. Acabar com o financiamento de abortos com dinheiro dos contribuintes é um bom primeiro passo nesta viagem”, concluiu.


Fonte: Aleteia

Papa: “Confiar em Deus; Ele sabe o que é melhor para nós”

Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 7 mil pessoas participaram do encontro semanal com o Papa nesta quarta-feira (25/01) na Sala Paulo VI.

Após saudar os participantes, Francisco deu início à audiência com uma catequese sobre Judite, a grande heroína de Israel que encorajou os chefes e o povo de Betúlia a esperarem incondicionalmente no Senhor e assim fazendo, libertou a cidade da morte.

A narração conta que o exército de Nabucodonosor, comandado pelo general Holofernes, assediou Betúlia cortando o fornecimento de água e enfraquecendo assim a resistência da população. A situação ficou dramática ao ponto que os moradores pedem aos anciãos que se rendam aos inimigos. O fim é inevitável, a capacidade de confiar em Deus exaurida, e para fugir da morte, não resta que se entregar.

O Pontífice continuou o relato:

“Diante de tanto desespero, os chefes do povo propõem-lhe esperar ainda cinco dias, para ver se Deus os socorreria. É aqui que entra Judite: ‘Agora, colocais o Senhor todo-poderoso à prova! Mesmo que Ele não queira enviar-nos auxílio durante estes cinco dias, tem poder para nos proteger dos nossos inimigos, em qualquer outro momento que seja do seu agrado. Esperemos pela sua libertação!’”

Francisco ressaltou a figura de Judite naquela situação e revelou aos presentes:

“Esta mulher, viúva, arrisca até fazer um papelão diante dos outros… mas é corajosa, vai adiante. Esta é uma minha opinião pessoal: as mulheres são mais corajosas que os homens”.

Com a força de um profeta, aquela mulher convida a sua gente a manter viva a esperança no Senhor. E aquela esperança foi premiada: Deus salvou Betúlia pela mão de Judite. A este ponto, o Papa refletiu e pediu aos fiéis:

“Com ela, aprendamos a não impor condições a Deus. Confiar Nele significa entrar nos seus desígnios sem nada pretender, aceitando inclusivamente que a sua salvação e o seu auxílio nos cheguem de modo diferente de nossas expetativas. Nós pedimos ao Senhor vida, saúde, amizade, felicidade… E é justo que o façamos; mas na certeza que Deus sabe tirar vida até da morte, que se pode sentir paz mesmo na doença, serenidade mesmo na solidão e felicidade mesmo no pranto. Não podemos ensinar a Deus aquilo que Ele deve fazer, nem aquilo de que temos necessidade. Ele sabe isso melhor do que nós; devemos confiar, porque os seus caminhos e os seus pensamentos são diferentes dos nossos.

E outra vez, antes de concluir, o Papa mencionou o papel das mulheres e avós:

“Quantas vezes ouvimos palavras corajosas de mulheres humildes… que pensamos, sem desprezá-las, que são ignorantes… mas são as palavras da sabedoria de Deus, as palavras das avós que tantas vezes sabem dizer a coisa certa… palavras de esperança. Elas têm experiência de vida, sofreram tanto. Confiaram em Deus, que lhes deu este dom”.

“Esta é a oração da sabedoria, da confiança e da esperança”, terminou o Papa, concedendo em seguida a bênção apostólica.

(CM)


Fonte: Rádio Vaticano